2012 - Um ano de dúvidas, incertezas e principalmente mudanças!

Comecei o ano realizando uma vontade que sempre tive: colocar um piercing no nariz. Pena que não fiquei com ele nem 3 meses. 

No final de fevereiro sai do meu emprego para buscar uma nova alternativa (já que a Publicidade não me dá retorno financeiro). Entrei num curso para Comissária de Bordo e por isso tive que tirar o piercing. O curso foi ótimo, aprendi muitas coisas novas, passei 24h sem comer e beber água (prova de sobrevivência), passei 4h no mar e quase 24h no mato, mas sobrevivi. Terminei o curso em Junho e nada de a Anac liberar a minha  turma para fazer a prova. 

Em Julho radicalizei: fiquei loira e cortei o cabelo. Quem sabe uma mudança não atrai outras? Enquanto não conseguia emprego, continuava com a minha pós que me distraia, além de me acrescentar muito. 

Em Agosto consegui trabalhar na Ideia 3, na campanha de Mário Kértesz. Foram 50 dias trabalhando direto, sem folga, mas valeu muito a pena. Foi lá que conheci meu novo namorado.

Acabou a campanha e eu, mais uma vez, procurava emprego. Só em meados de Novembro a Anac liberou minha turma para fazer a prova. Ainda não fiz. 

Finalmente em Dezembro, quando finalizei minha última matéria na pós, arranjei um novo emprego. 

Apesar de um ano bem cheio de mudanças, medo, insegurança, angustia, só tenho a agradecer por ter tido saúde, por nada de mal ter me acontecido. E mesmo em meio a tudo isso, eu fui e sou feliz! 

Que 2013 me traga sabedoria e me faça mais feliz!

O meu amor

Não é tão romântico quanto desejei
Não é tão bonito quanto imaginei
Nem tem o tipo físico que procurei

O meu amor é mais do que sonhei
Mais especial do que idealizei
Mais atencioso do que pensei
Mais apaixonado do que almejei

Tem o jeito que sempre busquei
Maturidade que sempre aspirei
Um amor que sempre esperei!

Sorria!

Sempre acreditei no poder de um sorriso. Ele pode mudar o mundo! Não sou sonhadora, até já fui, muito, mas hoje penso que ele realmente não custa nada e vale muito! Por que não ser simpática? Por que não olhar nos olhos? Por que não ser gentil? Foi isso o que sempre levei comigo como sendo coisas simples e valiosas. É o que continuamente passo adiante e o que sempre vou priorizar. A cada dia que passa estamos nos esquecendo dessas pequenas atitudes. As pessoas estão com pressa, na correria, sem tempo. Cadê os valores? Até onde vale “usar o outro de escada”? Até que ponto as pessoas fingem ser o que não são para conseguir o que querem? Deve ser por isso que não consigo muita coisa! Não sei ser “artista”. A máscara um dia cai. Nunca consegui usar nenhuma. Não vou me valer do que não sou e não tenho. Talvez, em certos aspectos, eu tenha a síndrome de Gabriela (eu nasci assim, eu cresci assim e sou mesmo assim, vou ser sempre assim).
Tenho um coração maior que a minha altura e sonhos que não cabem em mim. Por muitas vezes quis mudar o mundo. Talvez seja ele que tenha que me modificar.
Poucas coisas me fazem um bem enorme. Olhar a lua, o mar, rir com os amigos, um abraço apertado, uma ligação boa e inesperada, uma mensagem positiva. Ah, por esses motivos eu digo: acaba não mundão!
A gente veio ao mundo pra ser feliz. Então, eu pergunto: por que tantos motivos para tristeza? Por que julgar o outro? Por que duvidar? Por que mentir? Ah gente, vamos viver a vida com leveza, com sabedoria, com amor no coração. Vamos tirar o foco do outro e trazer pra gente. Foque em você, viva a sua vida, preocupe-se com quem e o que te faz bem. Sim, ainda temos muitos motivos para sorrir!

Sou daquelas que ainda mandam cartas. Cartas de amor, de amizade, de felicitações. Cartas que expressem sentimentos, sejam eles de alegria ou tristeza, que exprimam emoções, que falem da alma. Aquelas em que as frases não apenas contêm palavras, mas todo o sentimento que a pessoa quer transmitir.
Eu, particularmente, gosto muito de escrever e o faço com prazer. Escrevo para os amigos, para quem eu gosto e sinto vontade. Adoro guardar com palavras o meu sentimento naquele momento. Sim, também me agrada recebê-las. Não só me encanta o texto como também a letra, a cor, o formato, o papel. Gosto de poder tê-las em mãos, para poder recorrer a elas sempre que me der vontade.
Finalizo meu texto com uma poesia que amo e que fala delas, das cartas!

"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"

Álvaro de Campos, 21-10-1935

O que faz uma pessoa gostar de outra? Será mesmo que alguém consegue explicar? Talvez digam que seja o olhar, o jeito de falar, a simpatia, o papo, o sorriso. São muitas as possíveis respostas. Pode ser, e muitas vezes é, pelo conjunto de tudo isso. Mas às vezes algo que você não consegue identificar lhe chama a atenção. Você passa a ver a outra pessoa de maneira diferente. E então você muda sua postura diante dela. Quando ela esta por perto você estremece, sua frio e começa a sentir palpitações. Sinal de alerta: algo está acontecendo dentro de você! E é a partir deste momento que você começa a perceber o outro e o que, nele, te atrai. As conversas ficam mais longas, a vontade de estar sempre perto aumenta e tudo começa a acontecer. Aí é só correr para o abraço (literalmente!) e ser feliz!

Um pouco do que eu gosto de fazer: ser fotografada!

Depoimento de uma soteropolitana desolada.

Tem lugar melhor para se morar do que em Salvador? A capital do sol, do calor, da praia, da alegria e de gente acolhedora. Um lugar onde tudo é favorável ao bem estar, à liberdade. A temperatura, o clima, a brisa que sopra da praia na tarde de verão (e até de inverno!), o povo soteropolitano que é alegre, festeiro e receptivo; ah como é bom morar em Salvador! E para mim então, que moro num bairro tão famoso pela sua calmaria, por ser um lugar que recebia veranistas e que ficou eternizado pela música de Vinícius de Moraes (“...é bom passar uma tarde em Itapuã, ao sol que arde em Itapuã, ouvindo o mar de Itapuã, falar de amor em Itapuã...”). É meu caro Vinícius, já foi muito bom. Mas agora não só Itapuã, mas toda a capital baiana está desamparada. Sinto que ela sofre, sim, ela chora. Seus filhos a abandonaram, descuidaram dela. Não se vê mais aquele brilho que sempre teve. Ah minha querida cidade, o que foi feito de você? Nunca pensei que um dia teria vontade de mudar de metrópole. Mas minha querida Salvador não aguenta mais, não há mais espaço para seus filhos crescerem aqui. Ela que sempre foi uma boa mãe, errou na criação dos seus rebentos. E até aqueles que não tiveram culpa estão pagando o preço.

Às vezes tenho a impressão de que deveria ter nascido em outra época. Sim, algumas décadas antes, talvez. Esse mundo muito moderno e avançado muitas vezes não combina com a minha personalidade. Chego a me sentir velha diante de muita coisa. Darei alguns exemplos: o carnaval de Salvador, aquela multidão, onde as pessoas saem à rua para se divertir, beijar muito, esse carnaval não "faz muito o meu tipo". Gosto do carnaval que só conheci quando criança, das fantasias, do confete, da serpentina, gosto do carnaval da fanfarra, onde não existia tanto a pegação, o que reinava era a alegria. Essa pluralidade de gêneros me assusta, essa imposição de que aceitemos tudo fere meus princípios e valores. Hoje é absolutamente normal as mulheres aparecerem "nuas" na televisão, no carnaval e isso também me assusta. 
E o pior: estamos nos "acostumando" a ter na política pessoas que fazem com que o Brasil seja motivo de piada! 
O que todos precisam aprender é simplesmente respeitar. Falta educação e respeito em nossa sociedade e é disso que o mundo precisa. Não adianta forçar a barra, apenas deve-se ensinar as pessoas que respeitem o outro e assim viveremos melhor, cada um com seu cada qual!

Um turbilhão de pensamentos e sentimentos, dúvida constante, um vulcão prestes a entrar em erupção. No reino da incerteza também mora o medo e a falta de coragem. No palácio das vontades está sempre chegando mais uma. O senhor tempo é cruel e não permite que todas elas sejam satisfeitas e assim o palácio vai ficando cheio também de esperança e sonhos.