quarta-feira, 23 de março de 2011

Meus amores "platônicos"

“O amor platônico passou a ser entendido como um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas.
Ocorre de maneira freqüente na adolescência e em adultos jovens, principalmente nos indivíduos mais tímidos, introvertidos, que sentem uma maior dificuldade de aproximar-se do objeto de amor, por insegurança, imaturidade ou inibição do ponto de vista emocional.”

Eu que já tive muitos amores platônicos, hoje escrevo para desabafar.
Tive muitas paixões, algumas bem efêmeras, outras um pouco mais duradouras. Uma, porém, devo aqui citar. Foi talvez dos sentimentos que tive, o mais intenso. Nunca entendi e tampouco consegui explicar. Senti de uma forma que jamais havia sentido. Uma emoção, um frio na barriga. O coração disparava e eu, tímida como sempre fui, mais sem graça ficava. Ele, acho que correspondia, ou pelo menos gostava de me ver nessa situação – fazia questão de me deixar mais acanhada ainda! Apesar de nunca ter acontecido nada além disso entre a gente, eu gostava de sentir isso. Eu sabia que ele estava por perto, pois o coração era o primeiro a avisar. Ninguem acredita, mas bastava ele disparar e eu já sabia que a pessoa estava próxima. Nunca falhou! Eu não entendia isso. E quando o via sentia o corpo extremecer, ainda não sei explicar direito aquela sensação.  Idealizei, fantasiei, mas não realizei. Quem sabe um dia? Ou talvez a graça seja mesmo essa de ficar apenas no imaginário...